Câncer de Pele

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O que é o Câncer de Pele?

O câncer de pele é mais comum em pessoas de pele e olhos claros, mas pode acometer qualquer raça. A genética também é muito importante. Pessoas com história de câncer de pele na família têm um risco maior para desenvolver os cânceres.

A exposição solar é um importante fator para o desenvolvimento do câncer de pele, principalmente as exposições intermitentes e quando existe história de queimadura solar. Por isso, é muito importante usar protetor solar e evitar a exposição ao sol entre 10 e 15 horas. O filtro solar deve ter fator de proteção solar (FPS) maior que 305, deve ser aplicado 30 minutos antes da exposição e ser reaplicado a cada duas horas.

Existem 3 tipos principais de câncer de pele:

  • Carcinoma Basocelular (CBC): é o tipo mais comum de câncer de pele. Clinicamente se apresenta em forma de lesões elevadas ou manchas, com crescimento lento (meses a anos). As lesões apresentam um brilho e podem sangrar. Pode aparecer em qualquer parte do corpo, sendo muito comum na face. Não apresenta metástase, porém apresenta crescimento local com destruição dos tecidos adjacentes. Por isso, é importante o diagnóstico e tratamento do carcinoma basocelular. É necessário atenção a todos os machucados que não cicatrizam e lesões novas que apareçam no corpo.
  • Carcinoma espinocelular (CEC): é o segundo tipo mais comum de câncer de pele. Clinicamente se apresenta como lesões elevadas crostosas e verrucosas. Comumente sangram. O CEC pode surgir de lesão de ceratose actínica, em cima de cicatriz de queimadura ou áreas expostas a calores repetidos (como no lábio em fumantes, principalmente de cachimbo). É mais agressivo que o CBC, com crescimento mais rápido, maior destruição tecidual e pode dar metástase. Deve-se procurar um dermatologista sempre que notar uma ferida ou lesão diferente no corpo.
  • Melanoma: é o tipo mais raro, porém o mais agressivo de câncer de pele. Apresenta-se por mancha enegrecida, assimétrica com crescimento rápido que pode metastatizar. Existe um tipo menos comum de melanoma que não tem cor, é o melanoma amelanótico. Existe uma regra para se diferenciar as lesões benignas das lesões de melanoma, é a regra do ABCD.
    • A de assimetria: lesões benignas são simétricas e as malignas tendem a ser assimétricas.
    • B de bordas irregulares: lesões benignas têm bordas regulares e as malignas tendem a ter bordas irregulares.
    • C de cor: lesão benigna tende a ter apenas uma cor, enquanto as malignas tendem a ter mais de uma cor na lesão.
    • D de diâmetro: maior que 6 mm nas malignas e menor de 6 mm nas benignas.

O auto-exame

  • Examine, com os braços levantados, a frente e a parte de trás do tronco e braços.
  • Olhe bem atrás das pernas e dorso e planta dos pés.
  • Olhe com cuidado no pescoço, couro cabeludo, atrás das orelhas.
  • Para examinar toda a região das costas, utilize um espelho de mão.

Tratamento

Todos os cânceres devem ser confirmados através de biópsia de pele da lesão. Pode-se fazer curetagem associada a tratamento com laser de CO2, ou cirurgia com incisão e sutura da lesão, e encaminhamento do material para exame anatomopatológico.

Outra forma de tratamento para lesões de ceratoses actínicas (lesões pré-cancerígenas) e alguns tipos de carcinoma basocelular é a terapia fotodinâmica. Essa forma de tratamento consiste na aplicação de uma substância na pele em forma de creme ou líquido. Oclui-se a área a ser tratada e espera-se algumas horas; depois retira-se a oclusão e a área a ser tratada é exposta a uma luz terapêutica que irá reagir com a substância aplicada destruindo a lesão que se deseja tratar. Essa forma de terapêutica é uma opção para casos com múltiplas lesões, para pacientes que não possam ser submetidos à cirurgia ou para se evitar uma cicatriz.

Os pacientes que apresentam algum tipo de câncer de pele devem ser acompanhados pelo dermatologista periodicamente.